sexta-feira, 16 de março de 2018

Segunda aula!

Visto que muitos alunos que estavam presentes hoje haviam faltado à aula de ontem, o professor fez uma breve fala para se apresentar e para fazer as combinações do Ano Letivo. Falou da importância do caderno, das regras de convivência e do modo de avaliação.

Em seguida, explicou como funciona o presente espaço e o grupo de estudos fechado do Facebook.

Feito isso, o professor solicitou que os estudantes respondessem, cada um para si, em seus cadernos, à seguinte pergunta:

"Por que, afinal, eu estudo?"

O professor deu tempo (3 min.) para que os alunos escrevessem as suas respostas no caderno, e, em seguida, passou a tomá-las, fazendo a devida identificação listada no quadro de giz.

De posse das respostas, o professor iniciou o momento sobre o qual já havia comentado na aula anterior, passou a introduzir  a noção, vinda do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), encontrada no livro dele, intitulado "Escritos sobre Educação", a saber: a de que no tempo de Nietzsche, século XIX, as pessoas estavam estudando para o Estado. Segundo o filósofo alemão, isso era ruim, ou ainda, não era a melhor e mais adequada forma de estudar, pois, considerando o estudar desse modo, o estudante busca estudar para ter sucesso, e é justamente este o erro. Para Nietzsche, as pessoas deveriam estudar para elas mesmas, cada estudante deveria estudar para si mesmo, e, fazendo isso, cada um teria, a seu tempo, o sucesso como consequência e não como objetivo.

Nietzsche quer, com isso, colocar o estudo como algo que deve ser feito para a pessoa e somente ela, como algo prazeroso, como um investimento pessoal que tem de ser consciente e rigoroso, não como uma obrigação ou como algo necessário para tão somente se alcançar um emprego ou um trabalho, mundo dos negócios, Mercado, etc..

Com base no que foi visto, o professor tomou a frase abaixo, que emerge do livro de Nietzsche, propondo que os estudantes fizessem a atualização da mesma:

"As pessoas estudam para o Estado"

Assim, partindo da frase acima, emergiu a seguinte atualização:

"Semelhantemente ao tempo de Nietzsche (séc. XIX), nos dias de hoje, seculo XXI (2018), as pessoas estão estudando para o Mercado"

Assim, ficou bem marcada a (re)construção que busca colocar Estado, Mercado, "emprego", "trabalho", etc. como consequência e não como objetivo último, e, ainda, a conscientização de que a pessoa não deve se preparar para o Estado ou para o Mercado, mas sim para si mesma.

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