O professor retomou a aula passada e fez a conferência do "tema de casa", através da leitura das respostas dos estudantes; cada um lendo o seu texto para o grande grupo. Assim, o professor fazia os devidos comentários, no sentido de integrar e encerrar as noções iniciais do presente ano letivo.
Em seguida, o professor iniciou o conteúdo do Ano Ciclo (B30), introduzindo o conceito de Universo e perguntando "como o Universo havia sido formado?".
A grandessíssima maioria dos estudantes não tinham conhecimento prévio da teoria do Big Bang; apenas um aluno externou já ter ouvido falar sobre ela...
Muitos responderam que "Deus havia criado o Universo", reconhecendo, por sua vez, que esta era uma resposta religiosa. Ao mesmo tempo, externaram que sabiam que havia outra resposta, que era "científica", apesar de eles não saberem precisar qual era.
O professor procurou valorizar essa explicação para a origem do Universo, observando que para sambas as visões, seja a religiosa, seja a científica, existem aqueles que creem e aqueles que não creem.
O professor falou ainda que nenhuma das visões era superior à outra, sendo, os dois modos de ver a questão, possibilidades que buscam uma explicação para a formação/ criação do Universo.
Nesse sentido, comentou acerca da insolubilidade da discussão e da querela entre ateus e crentes, ainda que a discussão seja feita em um nível extremamente elevado, rigoroso ou profundo.
Neste ponto, o professor explicou o conceito de ateísmo, e, para introduzir uma visão filosófica a respeito da questão de origem, visto que os estudantes estão sem o professor de Filosofia, comentou sobre o, por assim dizer, conceito de "algo há", que o filósofo tieteense, Mário Ferreira dos Santos (1907-1968), construiu em seu livro "Filosofia Concreta". Fez isso montando um singelo silogismo no quadro de giz, assim:
i) as coisas existem
ii) as coisas que existem vêm de outras coisas
iii) logo, algo há.
Tendo apresentado e explicado o silogismo acima, com base no raciocínio lógico contido nele, o professor fez o seguinte questionamento: "as coisas só podem vir de outras coisas. Então, uma vez sabendo disso, que 'nada vem de nada', é possível pensar o nada, ou ainda, é possível que o nada (ao menos o nada absoluto) tenha existido?
Como não poderia deixar de ser, os estudantes responderam que, tomando por base o silogismo acima, o nada (ao menos o nada absoluto e inicial primeiro) não poderia ter havido, pois, se isso fosse assim, as coisas não poderiam terem existido, visto que as coisas provém de outras coisas e não do nada.
Para concluir a aula, o professor comentou que, na escola, a preferência deve ser dada ao conhecimento formal, bem como, ao conhecimento científico, coisa que será feita na próxima aula, com a explicação detida da teoria do Big Bang.
Para fazer os estudantes reverem o que foi estudado, o professor colocou a seguinte solicitação, no quadro de giz, que ficou de "tema de casa":
O conhecimento humano esbarra em vários limites. Apesar de haver muitas certezas, há, também, muitas incertezas.Com base no que estudamos até aqui, responda: quais são as possíveis explicações para a formação do Universo? Diferencia cada uma delas.
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